sábado, 4 de dezembro de 2010

"Não se faz uma frase. A frase nasce." Clarice Lispector

Eu não tenho nada para escrever aqui, mas só expor algumas frases que criei em meus momentos de ócio ( que foram vários rs).
"O que escrevo? Anedotas, monólogos ou crônicas? O que importa? Escrevo por excrever, escrevo para me aliviar. É a minha transpiração de mundo."
"Com uma coisa eu já me contentei: para viver tem que sofrer."
" Um dia certamente algum escritor já olhou com um certo desdém para a sua obra prima."
"Tudo transpassa por entre os nossos dedos como areia e só valorizamos quando não mais existe. Gostamos de lendas, mas nunca de presença, daí talvez a explicação de que só damos valor as coisas quando a perdemos."
"Eu queria ter o dom de brincar com as palavras não só amontoá-las entre si, mas dar sentido á elas."
"Escrever alivia a alma."

Pronto. Está aí toda a minha criação. Por enquanto.
Ouvindo: Aula de francês de Tiê

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Carpe Diem

   Ás vezes, olho para o céu e tenho a leve sensação de que as nuvens, de certos momentos da minha vida, voltam, assim como as estrelas, a lua. Nunca esqueci daquela lua cheia da véspera do Natal do ano de 1997, das pessoas sentadas nas calçadas, do movimento de presentes. Acho que elas voltam para dar a certeza de que  já houveram épocas melhores ou talvez por saudade, não a delas, mas a minha saudade.
     Costumo dizer que há duas coisas das quais o ser humano nunca se acostuma: mudanças e mote. Não deixam de ter um certo vínculo. São etapas, períodos, fases que se superam ou não. Há coisas do presente que não me contento e sempre olho para trás com um certo saudosismo. Como eu amava ter uma perspectiva infantil e como a ingenuidade adoçava a minha alma. O passado não mais existe e o futuro já passou, o presente é dádiva, por isso não descarte-o.Nunca se sabe o que e sucederá daqui a pouco, por essa razão viva.

Não sou poeta...

     Eu não sou poeta, mas bem que gostaria de ser. Queria, acima de tudo, ter o dom de brincar com as palavras. Não só amontoá-las entre si, mas dar sentido à elas. Em um dos meu momentos de crise amorosa, escrevi uma poesia (eu queria que fosse um soneto). Não a fiz especificamente para alguém, mas fiz para todo aqueles que passaram em minha vida e deixaram suas marcas que hoje são cicatrizes.


                  EXÍLIO AMOROSO
Por pouco que vivi me ensinaram a amar
e pelo pouco que me ensinaram resolvi conceder.
Por tanto que concedi preferiram estraçalhar
e de tanto estraçalhar não sei mais como proceder.
Desaprende-se a amar ou a reter-se do amor?
Desaprende-se a doar ou a reter-se da dor?
                                        Viviane Mendes


P.s: Na foto, Carlos Drummond de Andrade(1902 - 1987).Poeta brasileiro, cronista, contista e tradutor.

domingo, 28 de novembro de 2010

Escrever alivia a alma

     Escrever para aliviar a minha alma. Para tornar o fardo mais leve. Transformo a vontade inexpressável de berrar e de chorar em palavras. Posso dizer que escrever é sinônimo de liberdade, não? Até o pensamento mais tosco eu cá registro. Escrevo com a mesma certeza que Clarice Lispecor escrevia: pelo simples impulso de escrever, mas sem mentir.
     Mentir ao escrever é desonesto a mim mesma. Sinceramente, eu me sinto ofendida, ao mesmo tempo que tenho impressão que todos percebem a minha mentira. Concordo que mentir o pensamento seria tirar a única alegria de escrever, porque o que mais me impulsa a escrever são os meus sentimentos à flor da pele.


"Escrever é procurar entender, é procurar reproduzir o irreproduzível, é sentir até o último fim o sentimento que permaneceria apenas vago e sufocador. Escrever é também abençoar uma vida que não foi abençoada." Clarice Lispector

sábado, 27 de novembro de 2010

De escrita e vida

     Costumo ler bastante frases e crônicas de Clarice Lispector. Dentre as crônicas que li, ela afirmou veemente que não sabia escrever e que tampouco se considerava uma escritora. Não acreditei. Comecei a indagar a mim mesma de onde essa mulher tirava tanta inspiração e genialidade. E outra: ela escrevia por vocação e não por talento.
     Quanto a mim, escrevo para aliviar a alma e não necessariamente para buscar um sentido. Escrevo quando as palavras verdadeiramente fluem por mais tolo que seja. "Fico assim à mercê do tempo. E, entre um verdadeiro escrever e outro, podem-se passar anos."